Por que dirigir de chinelos é perigoso e pode ser punível

Com a chegada do verão e das altas temperaturas, é comum ver motoristas optando pelo conforto de chinelos, sandálias ou até mesmo sem camisa enquanto dirigem.
Uma prática comum que, a cada ano, reacende o debate sobre sua legalidade e segurança. Dirigir de chinelos não é expressamente proibido por lei, mas pode levar a multa.
A chave está no Artigo 18 do Regulamento Geral de Trânsito. Esta disposição exige que os motoristas "mantenham sua própria liberdade de movimento, o campo de visão necessário e a atenção constante ao dirigir, garantindo sua própria segurança, a dos demais ocupantes do veículo e a dos demais usuários da via", explica a Pyramid Consulting a este jornal.
É aqui que entra a discrição do agente de trânsito. Se um agente acreditar que o calçado (ou a falta de roupa) restringe a capacidade de reação do motorista, ou pode ficar preso nos pedais, poderá ser aplicada uma multa.
A ambiguidade advém da incapacidade da lei de detalhar cada caso. É inviável proibir explicitamente qualquer tipo de calçado ou vestuário. Portanto, a regulamentação apela à responsabilidade do condutor de garantir que nada interfira na condução segura. O uso de chinelos ou sandálias que não ofereçam suporte adequado aos pés aumenta o risco de o calçado se soltar, escorregar ou ficar preso nos pedais, comprometendo a capacidade de resposta em caso de emergência.
Além da potencial multa, a principal preocupação é a segurança no trânsito. Especialistas apontam que, independentemente da lei, calçados inadequados podem criar situações perigosas ou prejudicar a reação do motorista.
Portanto, a recomendação é clara: priorize sempre calçados seguros e que ofereçam bom suporte para garantir o controle ideal do veículo. Ao ir à praia ou piscina, o ideal é usar calçados esportivos para dirigir e chinelos separadamente.
ABC.es