Automóvel. Fraude no hodômetro: quais carros correm mais risco?

Quilometragem enganosa continua sendo um dos golpes mais comuns no mercado de carros usados. E os veículos de baixo custo são os alvos mais prováveis de fraude.
De acordo com um estudo da carVertical, 3,2% dos carros usados com preço inferior a € 5.000 em circulação na França tiveram seus odômetros adulterados. Essa taxa é maior do que a observada para modelos com preço entre € 5.000 e € 10.000 (2,7%), ou € 10.000 e € 15.000 (1,9%).
Essa tendência também se reflete em toda a Europa: 4,9% dos carros usados têm quilometragem falsa, principalmente em vendas internacionais.
Golpistas visam compradores apressados ou em busca de economia, que às vezes se esquecem de verificar o histórico do veículo. Ao reduzir artificialmente a quilometragem, eles inflacionam o valor do veículo muito além do seu desgaste real.
Perdas colossais no topo da gamaEmbora os modelos premium sejam menos afetados proporcionalmente, as perdas financeiras são muito maiores. Segundo a carVertical, até 2,2% dos carros usados vendidos entre € 40.000 e € 45.000 têm o hodômetro adulterado.
Uma chamada de manutenção em um sedã de € 50.000 pode custar ao comprador vários milhares de euros, sem mencionar os riscos mecânicos associados ao desgaste real do veículo.
Como se proteger?Diante de fraudes difíceis de comprovar, especialistas recomendam consultar o histórico de manutenção e a quilometragem, as únicas maneiras confiáveis de detectar uma inconsistência. Examinar o estado geral do veículo também é um bom indicador: volante, pedais ou bancos muito desgastados para uma quilometragem baixa devem soar o alarme.
Por fim, tenha cuidado com anúncios muito atraentes ou vendedores insistentes: um “bom negócio” pode rapidamente se transformar em uma armadilha.
Le Progres