O novo Renault Clio otimiza seu híbrido para reinar em seu segmento

A Renault revelou a sexta geração do Clio no Salão do Automóvel de Munique. Este é um dos seus modelos mais icônicos e bem-sucedidos, com quase 17 milhões de unidades vendidas desde o seu lançamento em 1990. Agora, a marca francesa aposta num design renovado, mais tecnologia e uma oferta de motores focada em motores híbridos, fabricados pela sua subsidiária Horse.
O novo Clio chega com um design exterior mais moderno e agressivo, assinado pela designer valenciana Paula Fabregat. Esta é uma estreia da Renault neste segmento, que até então mantinha o modelo com linhas suaves e arredondadas.
Por dentro, o carro conta com materiais reciclados, tela dupla e o sistema multimídia integrado ao Google, já presente em outros modelos da Renault. Esta é uma das principais decisões tomadas pelo ex-CEO da Renault, Luca de Meo, para otimizar o desenvolvimento.
Embora a mudança estética seja considerável e medidas tenham sido tomadas para manter o preço do Clio baixo, a grande novidade é o motor híbrido de 160 cv. É o mesmo motor usado no Dacia Bigster, embora ajustado para entregar mais potência e uma gestão mais eficiente da carga elétrica.
Isso resulta em menos descarga, forçando o carro a recarregar usando o motor com menos frequência, e uma operação mais confortável do que a marca romena.

O sistema combina um motor a gasolina de 1,8 litro com dois motores elétricos e uma caixa de câmbio sem embreagem, com duas velocidades para os modelos de emissão zero e cinco para o motor a combustão. O resultado é um desempenho notável — aceleração de 0 a 100 km/h em 8,3 segundos — e um consumo médio de combustível de 3,9 litros por 100 km, além de emissões reduzidas de 89 gramas.
Em uso urbano, o Clio pode percorrer até 80% do tempo em modo elétrico, alcançando uma autonomia combinada de até 1.000 quilômetros. O sistema permite 15 combinações diferentes de propulsão a combustão e elétrica, determinadas pela unidade de controle para maximizar a eficiência.
Além da versão híbrida, o Clio estará disponível em uma variedade de motores para atender a diferentes perfis de clientes. A linha começa com um motor a gasolina de 115 cv, disponível com transmissão manual ou automática de dupla embreagem com paddle shifters no volante. Um motor a GLP será adicionado posteriormente, também associado à transmissão automática.

Para a Renault, o modelo continua sendo um pilar estratégico para suas vendas e lucratividade. "A Renault é o Clio. A cada geração, ele redefine os padrões de sua categoria. Aprimoramos o design, a gama de motores e trouxemos o Google a bordo", enfatiza a marca.
As encomendas do Clio serão abertas ainda este ano e, embora a marca não tenha confirmado o preço, o gerente de produto Nicolas Laruaz afirmou que "o objetivo é manter o valor residual ao longo do tempo, graças à inclusão de tecnologias de segmentos superiores". Ou seja, será mais caro do que a versão atual, que começa em pouco menos de € 20.000.
ABC.es