95% dos espanhóis priorizam a economia do veículo em detrimento da segurança.

A busca por economia está comprometendo seriamente a segurança no trânsito na Espanha. Assim, 95% dos espanhóis priorizam a economia em detrimento da segurança do seu veículo. Essa realidade é evidente em situações como reparos de veículos, onde quase metade dos motoristas adiou alguns dos reparos que consideram importantes por motivos financeiros. Também constatamos que mais de 80% contrataram apólices de seguro mais baratas, apesar de terem menos cobertura, para obter economia financeira.
Isso se reflete no estudo "Economia ou Segurança? É assim que os motoristas decidem na hora de comprar e manter seu veículo", apresentado pela Fundação CEA e pela Continental, que revela que alarmantes 95% dos espanhóis priorizam a economia em detrimento da segurança do carro. Essa tendência se reflete em decisões críticas que afetam diretamente a integridade dos veículos e, consequentemente, a segurança no trânsito.
O estudo também destaca uma das questões mais cruciais no cenário automotivo da Espanha: a idade da frota de veículos.
Mais de 40% dos motoristas relatam que seus veículos têm mais de 11 anos, e metade afirma que seu veículo é usado. Além disso, foi demonstrado que o setor automotivo europeu não está passando por seu melhor momento, com 9 em cada 10 entrevistados considerando comprar um veículo de uma marca não europeia, e 1 em cada 2 acabou comprando um.
Ao mesmo tempo, foi demonstrado que a segurança não é um fator determinante na decisão de compra, já que apenas 3% a priorizam em detrimento do preço na hora de adquirir seu veículo.
A mentalidade de economia de custos também se estende à manutenção do carro. Longe da proatividade que uma frota de veículos envelhecida exigiria, os motoristas normalmente só vão à oficina quando "estritamente necessário". Além disso, um em cada dois motoristas escolhe o mecânico mais acessível e menos de 20% optam por serviços oficiais. Também não há preferência por peças recomendadas pelo fabricante, com quase 80% escolhendo as de menor custo. Quando questionados sobre o principal impedimento para investir mais em segurança, impressionantes 93% citam o custo financeiro.
Apesar dessa tendência geral, os motoristas reconhecem a importância de não economizar em gastos em áreas-chave, como freios (99%), pneus (99%) e airbags e sistemas de segurança passiva (79%). No entanto, o caso dos pneus é paradoxal: apesar de sua importância, eles recebem uma importância média (quase 3 em cada 4 dão a eles uma nota 6 ou 7 em 10), e 79% já optaram por marcas de pneus de baixo custo.
Rafael Fernández Chillón, presidente da Fundação CEA, enfatiza a necessidade de promover "campanhas de informação que ajudem a melhorar esta situação, bem como implementar um plano de desoneração fiscal para ajudar a renovar a frota de veículos espanhola". Alberto Muñoz, diretor de comunicação e relações públicas da Continental, reafirma o compromisso da sua empresa com a segurança rodoviária e a conscientização sobre a sua importância.
ABC.es