Das telecomunicações às quatro rodas: NOS testa mobilidade autónoma

Integrada no consórcio Route 25, a NOS está dedicada à mobilidade autónoma, em 'mobile edge computing'. O primeiro teste com a operadora de telecomunicações envolvida decorreu em Aveiro na semana passada.
Segundo um comunicado, uma viatura autónoma "recebeu um sinal de uma câmara ligada através da rede 5G, avisando-o de que haveria um obstáculo".
Graças à informação recebida a partir do software alojado em MEC, o sistema autónomo parou o veículo. Retomou a marcha quando conferiu que já não existia o perigo.
A 'mobile edge computing' (MEC) é um tipo de arquitetura de serviços de rede que tem por base o funcionamento em nuvem, processando dados quase em tempo real a partir do ponto em que foram produzidos e são consumidos. Assim, o processamento acontece na 'borda' da rede, e não de forma centralizada. É possível diminuir o tempo de resposta e a rede torna-se mais eficaz, com benefícios para a experiência do utilizador.
A diretora de Transformação Tecnológica e Projetos de Inovação na NOS, Carla Botelho, explicou: "Para estes testes, estamos a usar a rede 5G pública da NOS, o que significa que a rede e a tecnologia que temos ao momento já suportam serviços para mobilidade autónoma. Estamos também a testar o MEC, pioneiro no país, que permite um processamento de dados mais próximo do local onde são gerados e um tempo de resposta instantâneo, algo essencial para a condução autónoma".
Consórcio Route 25
A Capegemini encabeça o consórcio Route 25, onde participam entidades públicas e privadas, bem como instituições académicas. Define-se como "uma iniciativa pioneira que visa revolucionar a mobilidade em Portugal".
O foco, segundo a iniciativa, "está na condução autónoma segura e no desenvolvimento de tecnologias de transporte sustentáveis".
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