O aumento de 50% no alumínio e as tarifas afetarão a indústria de autopeças.
León, Guanajuato.- O aumento de 50% nas tarifas sobre aço e alumínio importados pelos Estados Unidos está afetando a indústria mexicana de autopeças.
Gabriel Padilla, diretor-geral da Indústria Nacional de Autopeças (INA) , destacou que as categorias mais afetadas são aquelas com alto teor desses metais, além do cobre, que também foi atingido por uma tarifa de 50% ao entrar em território norte-americano a partir deste mês.
"O principal impacto está nos capítulos tarifários 87, 84 e 83, como peças estampadas, suspensão, peças de ar condicionado, dobradiças e suportes, onde registramos exportações no valor de quase US$ 2,9 bilhões anualmente", explicou ele em uma coletiva de imprensa.
Ele deixou claro que as novas tarifas afetam cada produtor nacional de autopeças em graus variados, dependendo do seu teor de metal.
Uma suspensão não é a mesma coisa que uma transmissão ou um cinto de segurança, então a tarifa só se aplica à parte proporcional.
Isso também dificulta a administração da forma de determinação da tarifa, já que ela é paga nos Estados Unidos e coloca pressão imediata sobre o importador, que toma a decisão de absorver o custo dessa tarifa ou repassá-lo ao consumidor final", explicou.
Ele observou que, em meio à incerteza que continua afetando a produção de autopeças e o setor automotivo em geral, entidades representativas do empresariado, como o INA, já trabalham em coordenação com as equipes do Ministério da Economia para elaborar cenários e propostas para a revisão do USMCA em 2026.
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